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Vereador critica médicos por demora em UPAs e denuncia que quase foi agredido durante visita

A saúde novamente foi motivo de discussão na Câmara Municipal. Alvos de reclamações constantes, a falta de médicos e a demora no atendimento nos postos de saúde e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), o vereador Valdir Gomes (PP) usou a palavra livre para criticar os médicos que faltam aos plantões e que “demoram para atender”.

 

Ele esteve, durante a madrugada, visitando algumas UPAs com os vereadores Hederson Fritz (PSD) e Wilson Sami (PMDB). Durante a visita, Valdir narrou que quase foi agredido, pois populares teriam o confundido com representante do prefeito Marquinhos Trad (PSD). Com isso, os colegas de parlamento se ouriçaram sobre o tema. O assunto causou incômodo no médico Loester Nunes (PMDB), que afirmou que há bons médicos na rede pública.

Com isso, o vereador Wellington Oliveira (PSDB) aproveitou para criticar o secretário de saúde, Marcelo Vilela, afirmando que recebe mensagens de eleitores com fotos e vídeos reclamando na demora do atendimento e que isso seria “falta de gestão”.

Médico da rede pública, Wilson Sami não gostou das críticas e afirmou que os trabalhadores precisam estar saudáveis para trabalharem nos postos. “Os trabalhadores precisam estar bem de corpo e alma. Já fui plantonista e, depois de 40 pacientes, você está estourado. R$ 890 um plantão de 12 horas bruto e cai para R$ 650 líquido. Tem a solução, temos que sentar e conversar, ajudar nosso prefeito a fazer um trabalho decente”, suavizou depois do tom ácido do início.

As críticas veladas ao sistema continuaram e o vereador Ademir Santana (PDT) acabou colocando a falta de um pronto-socorro municipal, promessa antiga de vários candidatos, como principal problema. “O sistema funciona errado. Levei um paciente para Bonanza, só tem um médico lá e não pode ser atendido porque só pode atender o pessoal do Leblon onde tem uma UPA. Não entendi nada”, criticou.

“Mas quero parabenizar o Marquinhos que, em oito meses, retomou a reforma de sete postos de saúde e de uma UPA. Sempre defendi o prefeito e estou aqui para falar que o Governo do Estado tem que inaugurar esse hospital do trauma, que está há vinte anos sendo construído, e o Pronto Socorro Municipal tem que ser feito para ajudar nesse caso aí”, assoprou.

A discussão foi parar em críticas também à Santa Casa com o vereador Ayrton de Araújo (PT), que também usou do “morde e assopra” para tecer críticas. Segundo ele, nem médicos nem prefeito sofrem. “Quem paga essa conta é o povo”.

“Não são os médicos, nem o Executivo que pagam a conta. Está aí a Santa Casa fechando setores importantes. Eu não vou culpar Marcos Trad Filho, o nosso prefeito pelos oito meses nessa dificuldade que tem para organizar. Acredito que falta gestão de saúde, mas os médicos também juraram e eles têm que cumprir o que eles juraram”, afirmou sobre o fechamento do setor de Psiquiatria da Santa Casa.

Líder do prefeito, Chiquinho Telles (PSD) defendeu o chefe do Executivo Municipal e afirmou que, quando um médico aponta que a culpa dos problemas no atendimento é do prefeito, tem algo “estranho”.

“O dr. Loester é um bom médico, o senhor não precisa defender os maus médicos. O que o vereador Valdir Gomes está falando é dos médicos que não vão trabalhar. O prefeito não concorda com isso, mas você paga um baita salário e o médico não vai trabalhar. Deveria ganhar mais? Não sei. Mas existe o bom e o mau em todas as categorias”, disse. Segundo ele, os parlamentares da bancada médica são excelentes profissionais, mas há médicos que ‘recebem muito mas faltam’.