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Pivô da condenação de Olarte e testemunha da Coffee Break, agiota é metralhado na Capital

Um dos principais personagens que levaram à condenação do ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido) a oito anos de prisão por corrupção passiva, o agiota Salem Pereira Vieira, 36 anos, foi metralhado na manhã desta sexta-feira ao deixar o filho na creche no Bairro Guanandi. Ele também é considerado testemunha chave da Coffee Break, operação que levou à denúncia de 24 pessoas pelo suposto golpe contra Alcides Bernal (PP), que deverá ser julgada na próxima quarta-feira pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Polêmico, o agiota foi uma das principais testemunhas que levaram a condenação de Gilmar Olarte pela Seção Criminal do Tribunal de Justiça em maio do ano passado. Ele gravou a entrega de dinheiro para o então assessor do vice-prefeito, Ronan Edson Feitosa.

Feitosa estava no Pará, mas foi transferido para Campo Grande, onde cumpre o regime semi-aberto.

Apesar de ter sido condenado em segunda instância, Olarte pôde recorrer em liberdade ao Superior Tribunal de Justiça. Neste caso, ele foi acusado de dar o “golpe do cheque em branco” nos fieis da igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, fundada por ele. O caso teve repercussão nacional e foi tema de reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, quando Olarte ainda era prefeito da Capital.

No dia 1º de junho de 2014, Salem foi detido pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar ao tentar invadir a igreja de Olarte, no Bairro Coophamat. Ele ameaçou invadir o tempo religioso para pegar o então prefeito.

No entanto, o agiota também é considerado uma das peças chaves na denúncia conhecida como Coffee Break. O Gaeco denunciou 24 políticos e empresários pela suposta compra de vereadores para cassar o mandato de Bernal na madrugada de 13 de março de 2014.

A denúncia criminal deve começar a ter um desfecho na próxima quarta-feira, quando o Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça decidirá se aceita ou rejeita a denúncia do Gaeco contra o deputado estadual Paulo Siufi (PMDB). O relator do processo é o desembargador Júlio Roberto Siqueira.

A ação contra Siufi tramita no TJ porque ele ganhou foro privilegiado ao assumir a vaga de Marquinhos Trad (PSD) no legislativo estadual.

A denúncia criminal contra outros 23 suspeitos aguarda o despacho do juiz da 6ª Vara Criminal, Márcio Alexandre Wust, que ainda não decidiu se aceita ou rejeita a ação penal. Advogados da defesa dos envolvidos acreditam que o magistrado aguardará o julgamento pelo Tribunal de Justiça para decidir o futuro do maior escândalo na história política da Capital desde o assassinato do prefeito Ary Coelho.

Na área cível, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, aceitou a denúncia por improbidade administrativa contra os 24 envolvidos, inclusive Paulo Siufi.

Salem Vieira prestou depoimento no ano passado no processo que levou à condenação de Olarte, Ronan Feitosa e Feliciano (Foto: Arquivo)

 

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