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Percentual de jovens “nem-nem” atinge o maior patamar desde 2012

Correio do Estado

Arquivo/

Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgados nesta sexta-feira (02), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, o percentual de jovens “nem-nem”, ou seja, que não estudavam e nem trabalhavam, atingiu o maior patamar da série histórica em Mato Grosso do Sul.

O indiciador do IBGE considera jovens que não estudavam e não estavam ocupados e incluí, simultaneamente, aqueles que buscavam emprego e estavam disponíveis para trabalhar, e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, não tomaram providências para conseguir trabalho, ou tomaram providências, mas não estavam disponíveis para trabalhar.

Em 2020, primeiro ano de pandemia, em relação ao ano anterior de 2019, houve queda de 45,9% para 42,8% de jovens de 15 a 29 anos que estavam somente ocupados no mercado de trabalho e de 13,9% para 12,9% de jovens que estavam ocupados e estudavam.

Reprodução: IBGE

A queda no total de jovens ocupados não foi compensada pelo aumento de 3 pontos
percentuais de jovens que somente estudavam, de 20,7% para 23,8%, no mesmo período. Como consequência, o percentual dos que não estudavam nem estavam ocupados subiu de 19,5%, em 2019, para 20,5% em 2020.

Em 2021, o percentual de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados avançou para 21,6%, atingindo o maior patamar da série histórica, com um total de 137 mil jovens.

 

Menor índice

Os menores índices registrados desde 2012 foram nos anos de 2013 e 2014, com 17,3 e 17,9 pontos percentuais, respectivamente. O ano de 2015 apresentou um aumento significativo de 2,9% do índice, que oscilou, nos cinco anos seguintes, entre 19 e 20,5 pontos percentuais.

No Brasil

Apesar da queda frente a 2020, primeiro ano da pandemia, o número de jovens brasileiros que não estudavam nem estavam ocupados foi de 12,7 milhões em 2021, o que corresponde a 25,8% das pessoas de 15 a 29 anos de idade.

Nos estados do Norte (exceto Rondônia) e Nordeste, os percentuais de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados ficaram acima da média nacional (25,8%). Já os estados das regiões Sul, Sudeste (exceto Rio de Janeiro) e Centro-Oeste ficaram abaixo da média.

Os maiores percentuais de jovens que não estudavam nem estavam ocupados estavam no Maranhão (37,7%) e Alagoas (36,6%) e os menores, em Santa Catarina (12,2%) e Paraná (17,9%).

Em 2020, segundo uma análise do grupo etário de 18 a 24 anos de idade, não estar ocupado nem estudar se tornou a situação mais comum entre os jovens adultos no Brasil. O percentual dos jovens que não estudavam nem estavam ocupados passou de 29,3% em 2019, para 34,1% em 2020, ultrapassando o percentual de jovens adultos em qualquer outra situação de atividade. Em 2021, o percentual de jovens de 18 a 24 anos que não estudavam nem estavam ocupados permaneceu elevado, em 31,1%.

Em 2021, no Brasil, o nível de ocupação passou de 51,0% em 2020, para 52,1%. Apesar desta alta, o indicador continua bem abaixo de 2019 (56,4%) e, também, distante do ponto mais alto da série (58,1%), atingido em 2012 e, novamente, em 2014.