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Pacientes diabéticos sofrem com falta de insulina na Casa da Saúde há 4 meses

Há quatro meses, pacientes diabéticos sofrem com a falta de insulina na Casa da Saúde. Apesar do fornecimento gratuito garantido por decisão judicial, quem depende da injeção do hormônio recorre às farmácias, onde os gastos para a compra do medicamento chegam a R$ 540 por mês.

O tipo de insulina ausente da Casa da Saúde – ligada a Secretaria de Estado de Saúde (SES) – é a da marca Lantus, de ação lenta ou prolongada, usada por pacientes diabéticos que não reagem bem às de ação rápida e intermediária. Uma caneta do hormônio custa, em média, R$ 135, e dura uma semana.

A Lantus não está na relação de medicamentos fornecidos gratuitamente pela rede pública de saúde. Quem precisa da insulina e não tem condições financeiras de arcar com os custos do tratamento recorre à Justiça, caso de uma estudante de 22 anos, que preferiu não se identificar.

“Preciso da insulina para viver. Estou sem receber desde maio desse ano. A gente vai na Casa da Saúde e respondem que está em licitação. Tenho uma ação ganha para receber o medicamento”, conta. A estudante é insulino dependente desde os oito anos de idade e conseguiu a decisão judicial para receber o hormônio de forma gratuita em 2006.

Um psicólogo de Campo Grande, que também não quis revelar identidade, é paciente diabético e enfrenta o mesmo problema. “Eles [Casa da Saúde] alegam que o governo não comprou a Lantus. Tem vezes que falta tira de reagente para medir a glicose. Eu pego o medicamento de graça há três anos e nunca tinha ficado sem receber”.

O insulino dependente afirma que está guardando as notas fiscais das compras de Lantus por conta própria para uma possível ação judicial. “Ainda bem que estou com condições de comprar, mas não dá para ficar assim. E às vezes não encontro o hormônio nas farmácias”.

Em nota, a SES garantiu que “a insulina Lantus estará disponível a partir de segunda-feira” na Casa da Saúde. A secretaria informou que “o medicamento estava empenhado, aguardando entrega do fornecedor”.
Ainda segundo a SES, “não existe uma lista de medicamentos em falta” e “cada paciente deve procurar a Casa da Saúde com sua respectiva receita médica”.

DIABETES
A diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo não produz ou não consegue empregar adequadamente o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue: a insulina. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, obtida por meio dos alimentos como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, o nível de glicose no sangue fica alto, o que caracteria a hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Existem vários tipos de insulina disponíveis para o tratamento de diabetes e elas se diferenciam pelo tempo em que ficam ativas no corpo, pelo tempo que levam para começar a agir e de acordo com a situação do dia em que elas são mais eficientes.

Não existe um “medicamento padrão” no que se refere ao tratamento com insulina e ao plano de gerenciamento do diabetes. Objetivos, idade, saúde geral, fatores de risco e atividades diárias do paciente diabético são considerados, portanto, cada terapia é individual.