A região é um verdadeiro tesouro de memórias, testemunhos e relatos de pessoas de diversas origens, crenças, raças e etnias. Essas narrativas atravessam gerações e transcendem o tempo. Aqui, encontramos tanto os povos originários do Brasil como aqueles que cruzaram rios e mares, vindos de diferentes partes do mundo. Eles se estabeleceram e desempenharam papéis fundamentais na formação da rica tapeçaria cultural sul-mato-grossense.

Mato Grosso do Sul, marcado por sua rica biodiversidade e paisagens deslumbrantes, pode ser considerado um lugar de encontros e despedidas, de paradas para descanso, de boiadeiros, boiadas, mascates e viajantes. Pessoas vieram aqui a trabalho ou em busca de lazer, aventuraram-se nesta terra promissora e decidiram fincar raízes em seu solo, no coração do Brasil. Na bagagem, trouxeram histórias, práticas e memórias muitas vezes esquecidas, mas que merecem ser resgatadas, valorizadas e protegidas.

Criação do Estado de Mato Grosso do Sul 

A criação de Mato Grosso do Sul ocorreu em 1977, quando o então comandante da ditadura militar no Brasil, Ernesto Geisel, sancionou a Lei Complementar nº 31, que foi o marco da divisão do amplo território de Mato Grosso, dando origem ao nosso querido estado de Mato Grosso do Sul. Desde então, essa data é celebrada anualmente, comemorando o aniversário do segundo estado mais jovem do país, ficando atrás apenas de Tocantins.

A região recém-criada englobava 55 municípios e passou por um notável crescimento ao longo dessas quatro décadas e mais. Hoje, os sul-mato-grossenses estão distribuídos em 79 cidades e a população se aproxima dos 3 milhões de habitantes, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somos mundialmente reconhecidos pelas impressionantes belezas naturais da região, sobretudo pela rica diversidade da fauna e flora do Pantanal.

Os motivos por trás da criação do Estado de Mato Grosso do Sul incluíram o impulso ao desenvolvimento regional e à ocupação territorial, o fortalecimento das fronteiras com a Bolívia e o Paraguai, e a busca por uma maior base de apoio político para o partido da ditadura, o Arena.

A divisão do estado gerou debates e controvérsias, com argumentos a favor e contra. Enquanto alguns acreditavam que a criação de Mato Grosso do Sul traria desenvolvimento à região emancipada, outros criticaram a falta de consulta prévia à população e o caráter puramente político da divisão.

A construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) também desempenhou um papel importante nesse processo, facilitando os negócios com São Paulo e reduzindo a importância de Cuiabá para as cidades do sul. No entanto, após a deposição de Getúlio Vargas, o general cuiabano Eurico Gaspar Dutra assumiu a presidência e reforçou a política de integração nacional, sustentando a unidade estadual.

A causa da divisão parecia ter sido abandonada por muitos até o golpe de 1964. A visão militarista da geopolítica brasileira coincidiu com os interesses da oligarquia agrária e da elite pecuarista do sul de Mato Grosso, levando à formalização da decisão de criar um novo estado em 1977. A efetiva implementação ocorreu em 1º de janeiro de 1979, com a instalação do primeiro governo da região, liderado por Harry Amorim Costa.

Hoje, Mato Grosso do Sul se destaca como um estado em crescimento, com uma economia diversificada. É o segundo maior exportador do Brasil, com foco na produção de soja e carne bovina. A região conta com uma infraestrutura agroindustrial e é um polo de referência na produção de celulose.

Além de seus desafios e conquistas, Mato Grosso do Sul está comprometido em enfrentar os obstáculos do século 21, especialmente aqueles relacionados à saúde pública. A pandemia de covid-19 trouxe dificuldades, mas a região tem se destacado na vacinação e na redução dos casos da doença.

Neste aniversário, Mato Grosso do Sul renova suas esperanças e celebra sua rica história, diversidade cultural e potencial de desenvolvimento para o futuro.

Investimento  –

O estado testemunha um boom de investimentos em infraestrutura, com cerca de 280 projetos em andamento, abrangendo os 79 municípios, totalizando um investimento governamental de impressionantes R$ 5,2 bilhões. Além disso, o governo estadual mantém uma colaboração ativa com as prefeituras, representada por 132 convênios, para impulsionar projetos de infraestrutura locais, totalizando um investimento considerável de R$ 583,3 milhões.

Campo Grande e o Novo Acesso às Moreninhas

Em Campo Grande, um dos projetos de destaque é a construção do novo acesso às Moreninhas, que promete melhorar significativamente a acessibilidade a um dos bairros mais densamente povoados da capital. O bairro, que atualmente conta com apenas uma entrada, verá melhorias que incluem drenagem, pavimentação e recapeamento. Até o momento, o projeto já avançou 32% em seu cronograma, de acordo com informações da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul).

Investimento em Infraestrutura e Mobilidade Urbana

Este projeto ambicioso prevê a revitalização da Avenida Alto da Serra, que corta o bairro, com a aplicação de novo asfalto. Além disso, diversas outras ruas receberão pavimentação, incluindo trechos das ruas Floreal, Ubirajara Guarani, Inconfidente, Buenópolis, Cana Verde, Salomão, Jaguariúna, Israelândia, Joaquim Leonardo Maia, Camocim, Osni Moura, Bento de Souza, Crispim Moura, Equipe Gugelmin e Equipe Barrichelo. O recapeamento também será realizado em partes das avenidas Alto da Serra e Gury Marques. Este projeto recebe um investimento considerável de R$ 41,3 milhões e tem previsão de entrega até julho de 2024.

Desenvolvimento em Todo o Estado

O progresso de Mato Grosso do Sul não está limitado apenas à capital. No interior do estado, várias rodovias estão sendo pavimentadas, representando melhorias substanciais na infraestrutura de transporte. Projetos notáveis incluem a MS-338, que liga Ribas do Rio Pardo a Camapuã, com um investimento de R$ 250 milhões, a MS-345 (Estrada do 21), conectando Bonito a Anastácio, com alocamento de R$ 212 milhões, e a duplicação da MS-164, na entrada de Ponta Porã, com um custo de R$ 28,9 milhões.

Outros municípios também desfrutam dos benefícios desse surto de investimentos. Três Lagoas está vendo a construção de pontes de concreto na área rural, com um aporte de R$ 1,5 milhão. Corumbá receberá R$ 25,5 milhões para o recapeamento de diversas ruas e a construção de novas pontes de madeira. Além disso, o município de Rochedo está testemunhando a construção da orla da Cachoeira dos Diamantes, com um investimento de R$ 1,9 milhão.

Compromisso com a Cultura, Segurança e Mobilidade

Além das melhorias na infraestrutura, o governo de Mato Grosso do Sul demonstra seu compromisso com a cultura e o bem-estar dos cidadãos. Projetos como a revitalização do Castelinho, em Ponta Porã, com um orçamento de R$ 4,3 milhões, e a renovação do Teatro Aracy Balabanian, em Campo Grande, com investimento de R$ 9,3 milhões, prometem enriquecer a vida cultural do estado.

Na área de segurança pública, a construção de novos prédios, batalhões e postos rodoviários para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros fortalecem o compromisso com a segurança dos cidadãos.

Por fim, melhorias nos aeroportos de Bonito (R$ 414 mil), Aeroporto Santa Maria em Campo Grande (R$ 2,5 milhões) e no aeroporto de Costa Rica (R$ 1,8 milhão) totalizam R$ 4,7 milhões em investimentos na infraestrutura aeroportuária.

Fonte:pixnewsms