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Líder para o Senado, Nelsinho é denunciado pela 9ª vez por suposto desvio de R$ 19,7 milhões

Favorito na disputa para uma das duas vagas ao Senado em 2018, o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PTB), foi denunciado pela 9ª vez por suposta fraude e desvio de recursos na operação tapa-buracos. A Força-Tarefa do MPE (Ministério Público Estadual) acusa o petebista, junto com outras 19 pessoas e três empresas, de superfaturamento de R$ 19,797 milhões.

Conforme a denúncia, protocolada nesta quinta-feira, a prefeitura pagou R$ 22,3 milhões por três contratos firmados com a Pavitec Construtora, da ex-secretária municipal de Finanças, Eva Souza Salmazo. O valor previsto inicialmente era de R$ 6,134 milhões.

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Cinco promotores, que atuam na devassa dos 30 contratos firmados na gestão de Trad Filho, concluíram que houve restrição à competitividade, contratação fraudulenta, falta de projeto básica, ausência de fiscalização, deficiência na prestação do serviço, entre outros.

Eles pedem a anulação dos contratos, a devolução dos R$ 22,3 milhões pagos, a aplicação de multa civil de R$ 44,7 milhões e indenização por danos morais de R$ 223,5 milhões. No total, pedem a indisponibilidade dos bens no total de R$ 290,5 milhões.

Como a tendência é o juiz considerar apenas o valor supostamente desviado, neste caso, os promotores pedem o bloqueio de R$ 19,797 milhões.

Além de Nelsinho e dos ex-secretários municipais de Obras, João Antônio De Marco, Semy Ferraz e Valtemir Alves de Brito, eles denunciaram os sócios da Pavitec, Eva Salmazo, Celso Antônio Salmazo e Marcelo Dal Ongano (que se desligou em 2010); da Santa Edwiges, Cláudio Caleman e Onofre da Costa Lima Filho; e da Usimix, Michel Issa Filho e Paulo Roberto Álvares Ferreira.

A denúncia vem chamuscar a imagem de Nelsinho justo no momento em que o seu nome ganha força nas articulações para disputar o Senado. Segundo pesquisa do Ipems, divulgada pelo Correio do Estado, ele lidera a pesquisa, com 41%, na frente do ex-governador Zeca do PT, e dos atuais senadores, Waldemir Moka (PMDB) e Pedro Chaves (PSC).

Ex-prefeito conta com o apoio do irmão, prefeito Marquinhos Trad (PSD), para disputar o Senado em 2018 (Foto: Campo Grande News/Arquivo)

Ex-prefeito divulga nota, confira:

Nelsinho Trad divulgou nota para rebater a nova ação apresentada pelo MPE, confira:

Não procedem as acusações do Ministério Público em Mato Grosso do Sul em relação ao tapa buraco na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad. Está embasada em critérios técnicos equivocados, induzindo a interpretações errôneas sobre aos pagamentos dos serviços realizados.

Quanto ao aspecto da licitação, a mesma ocorreu obedecendo a legislação vigente, e sequer houve impugnação de quaisquer empresas do ramo em questão.

Quanto ao serviço realizado, o mesmo era feito e, a partir de 2011, fiscalizado pelos fiscais da Prefeitura e pelos próprios moradores das ruas onde ocorriam os serviços. No tempo oportuno, se juntarão essas provas e a verdade prevalecerá.”

Apesar de ter os bens bloqueados em três das oito ações já analisadas pela Justiça, o ex-prefeito ressalta que os promotores estão cometendo equívoco na conclusão dos inquéritos. Ele nega irregularidade e destaca que os desembolsos foram legais e que não houve superfaturamento.

Empresários também não se conformam com os bloqueios, porque têm reduzido o capital de giro e o potencial de investimentos das construtoras. Em entrevista aos jornais Topmídianews e Correio do Estado, eles rebateram a denúncia de que houve superfaturamento na operação tapa-buracos.

Nove denúncias e três bloqueios atormentam ex-prefeito

1 – Selco – R$ 315,8 milhões (bloqueio de R$ 22,4 milhões)

2 – LD Construção – R$ 369 milhões (bloqueio de R$ 85,1 milhões)

3 – Wala Engenharia – R$ 165,4 milhões

4 – Proteco – R$ 91,8 milhões (bloqueio de R$ 7,06 milhões)

5 – Enerpav – R$ 131,02 milhões

6 – Anfer – R$ 204,06 milhões

7 – Asfaltec – R$ 183,06 milhões

8 – Usimix – R$ 145,7 milhões

9 – Pavitec – R$ 290,5 milhões

 

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