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Com reajuste de 26,34% na pandemia, vereador da Capital tem o maior salário do País

Com o reajuste de 26,34% em plena pandemia, o vereador de Campo Grande passou a ganhar R$ 18.991,68, o maior entre as capitais. Enquanto o trabalhador campo-grandense, com ganho mensal de R$ 2.476, tem a 17ª pior renda, conforme levantamento feito pelo G1. A discrepância mostra que a renovação do legislativo não mudou muita coisa na falta de semancol da classe política.

O reajuste de cinco vezes superior à inflação foi aprovado no final de 2018 e entrou em vigor no dia 1º deste mês. Isso significa que os parlamentares municipais tiveram o subsídio reajustado de R$ 15.031,76 para R$ 18.991,68. O valor é o mesmo pago aos vereadores de Aracaju (SE), Rio de Janeiro e São Paulo.

Em relação ao menor salário pago a um vereador, na Capital de Vitória (ES), no valor de R$ 8.966,27, o campo-grandense recebe 118% a mais. O valor supera os R$ 15,1 mil pagos aos vereadores de Cuiabá (MT) e de R$ 15.634,64 de Goiânia (GO). Porto Alegre, capital gaúcha e com uma população de 4,4 milhões de habitantes, o parlamentar recebe R$ 14.573,78.

O aumento abusivo de 25,67% aplicado nos salários dos vereadores é cinco vezes superior ao reajuste de 4,17% aplicado nos salários dos 27 mil servidores municipais ao longo dos últimos quatro anos. O salário mínimo acumula aumento de 17,3% em quatro anos, de R$ 937 para R$ 1,1 mil.

O levantamento do G1 revela que quanto mais pobre o eleitorado, maior o salário do vereador. Na capital capixaba, conforme o IBGE, a renda do trabalhador comum é a maior do País, R$ 4.283, enquanto o subsídio de edil é o menor (R$ 8,9 mil). Ou seja, o salário político é pouco mais que o dobro da renda média da população.

população.

Em Campo Grande, o vereador ganha sete vezes a renda média da população local: R$ 18,9 mil contra R$ 2,4 mil do eleitor.

O economista Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, aponta o dedo na ferida. “Os políticos dizem que não é aumento, e sim reposição salarial. Mas quantos brasileiros estão conseguindo repor as perdas salariais? É socialmente injusto. A enorme maioria dos brasileiros não tem uma reposição automática decorrente da inflação. E isso é pago por todo mundo, por quem está desempregado, por quem recebe auxílio emergencial”, explicou o economista ao G1.

 

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